domingo, 13 de novembro de 2016

MÚSICA DO PASSADO E MÚSICA DE HOJE. O QUE MUDOU?

A análise de letras da música evangélica nunca foi tão necessária como se faz agora, tendo em vista os diversos erros doutrinários encontrados o que levou o Reverendo Augustus Nicodemus a fazer uma declaração ousada no ano passado: “Nunca cantamos e tocamos tanto e nunca fomos tão analfabetos em relação às Escrituras”.
Quem se atreve a fazer a análise de letras pode ser facilmente mal compreendido por que aqueles que têm uma interpretação totalmente equivocada da expressão “não julgueis” afirmada por Jesus (Mt 7.1), mas ao longo deste estudo veremos que julgar (analisar) a letra de uma música é necessária (e por que não dizer urgente?).
O CONTEÚDO DA MÚSICA CRISTÃ NO SÉCULO PASSADO
Falar de música cristã nos aos 70, 80 e 90 é simplesmente abençoador, considerando as dificuldades que os primeiros artistas tiveram para gravarem os seus primeiros discos (Feliciano Amaral, Luiz de Carvalho, Jair Pires) e até mesmo a dificuldade na aceitação da própria igreja em relação às músicas que abordavam temas diferentes do tradicional, como é o caso do cantor Luiz Arthur com a música “Drogas Matam”, Álvaro Tito com suas músicas mais agitadas e os primeiros conjuntos de rock cristão que lutaram incansavelmente para serem aceitos, como o caso do Grupo Rebanhão, Catedral, Sinal de Alerta, e etc. Todos estes artistas conseguiam traduzir em suas canções as dezenas de doutrinas bíblicas e ensinamentos que fundamentavam a sua fé, que conferiam às suas músicas características especiais, as quais desejo elencar abaixo:
1.    Evangelismo – Ex:“Portas Abertas” (Grupo Logos), “Pra Você” (Novo Som), “Juízo Final” (Eliézer Rosa), “O Valor de Uma Alma” (Mara Lima).

2.    Teocentrismo/Cristocentrismo – Ex: “Jesus” (Mattos Nascimento), “Deus” (Ozéias de Paula), “Nazareno” (J.Neto), “Cicatrizes” (Jorge Araújo).

3.    Devoção – Ex: “Santuário” (Izaias Mendes), Catedral (Espírito Santo), “Presença” (Nova Dimensão), “Santo Espírito” (Marcos Antônio).

4.    Consolo Espiritual – “Não Há Barreiras” (Álvaro Tito), “Lágrimas” (Wagner Roberto), “Creia” (Ozéias de Paula).

5.    Temas Universais – Ex: “Brasil” (Complexo J), “Por Amor” (Kim), “Drogas Matam” (Luiz Arthur), “Carros de Boi” (Os Peregrinos), “Liberdade” (Dalvinha).

Normalmente, somos levados a crer que as músicas do passado são quase perfeitas, mas historicamente nem sempre é isso que se constata, pois canções como “Nova Aliança” de Wagner Roberto, “O Mover do Espírito” de Armando Filho, “Vou Seguir” de Cassiane ou até o cantor sacro Ozéias de Paula na música “Eu e Jesus” não estão livres de desvios teológicos. Mas um fato é certo: havia mais músicas teologicamente alinhadas.
O CONTEÚDO DA MÚSICA CRISTÃ ATUAL
Torna-se necessário descrevermos de maneira sistemática os principais temas abordados na música cristã atual, sabendo que esses temas giram em torno da Teologia da Prosperidade, ou seja, derivam dela e estão intimamente ligadas, conforme veremos a seguir:
1)    Triunfalismo - A palavra “triunfalismo” advém de “triunfo”, palavra de origem latina, “triumphus”, que era o nome que recebia “a entrada solene em Roma de um general vitorioso”, e que, por extensão, passou a significar “vitória” (Fonte: wikipedia). Por conseguinte essa nova doutrina sugere que o crente não deve aceitar a derrota em sua vida, de modo que essas canções retratam um fiel que nunca perde batalhas e que “nasceu para vencer”.
2)    Individualismo - No contexto deste estudo o Individualismo desconsidera toda a coletividade que remete à igreja e defende o suposto protagonismo do “crente de vitória”, algo que nada tem a ver com a igreja primitiva.
3)     Vingança – Não é tão antiga a essa ideia de vingança na música gospel. Trata-se de um fenômeno recente em que o eu lírico não apenas pede a Deus a sua vitória, mas também vingança ou revanche aos seus inimigos.
4)    Confissão Positiva – O surgimento dessa nova teologia remete à primeira metade do século passado nos Estados Unidos com Willian Kenyon. A característica básica da Confissão Positiva é o suposto poder espiritual que há em nossas palavras (ver Tg 3.10).

O critério exigido para uma música evangélica fazer sucesso atualmente é a abordagem dessas 4 temáticas acima, que, conforme vimos, não confrontam o pecado e nem produzem arrependimento salvífico ao não evangélico que ouve. Como boa parte dessas músicas tratam apenas esses temas, já quase não há novidades no conteúdo de novas músicas lançadas. Isso traz a falsa ideia de que a teologia protestante é muito pobre já que não aborda outros temas além desses supracitados. Acerca disso o cantor Paulo Cezar, do Grupo Logos, comentou em entrevista recente a repetição de muitos jargões, palavras de ordem e mensagens de prosperidade”. A mesma ideia é compartilhada pelo cantor João Alexandre em sua polêmica música “É Proibido Pensar” ao afirmar que “são sempre variações do mesmo tema; meras repetições” (Ver o post Evangélicos que Não Pensam).

sábado, 5 de novembro de 2016

REBANHÃO GRAVA DVD HOJE NO RIO DE JANEIRO

Rebanhão grava DVD hoje no Rio de Janeiro
Carlinhos Félix, Paulo Marotta e Pedro Braconnot
Os músicos Pedro Braconnot, Carlinhos Felix, Paulo Marotta, Pablo Chies e Bruno Martins sobem ao palco da ADVEC hoje para gravar o disco de retorno do Rebanhão. Projeto anunciado desde o ano de 2014, envolve repertório de uma das mais relevantes obras musicais evangélicas da história.
O evento ocorrerá na Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) e tem início às 18h. Anteriormente ao show, os membros do grupo estiveram na Rádio Melodia. Durante a programação, os músicos tocaram canções como “Fronteiras”, “Jesus é Amor (Jesus is Love)” e “Muro de Pedra”.
“A escolha das musicas para o DVD 35 é uma resposta as preferências do nosso público. Pesquisamos nas mídias sociais as mais pedidas, as mais buscadas, e elaboramos o repertório. É claro que não vai caber a lista inteira, e ficamos com as “18 mais” para este DVD”, disse Paulo Marotta, em entrevista ao Gospel Prime.
O baixista complementa com os planos de turnê. “Quando iniciarmos a turnê, teremos mais liberdade de incluir tantas outras que o nosso público gosta, e trazer as novas composições também. Este trabalho é uma coletânea desde Mais Doce que o Mel até Enquanto é Dia”.
No show, serão tocadas dezoito músicas. Dentre elas, dezessete estarão no projeto. Apenas “Novo Dia”, anunciada por Carlinhos Felix, estará de fora do lançamento que incluirá os formatos CD e DVD e, talvez, uma edição limitada em vinil. “É um sonho como muitos outros que temos sonhado. Vamos fazer uma pesquisa, para saber se realmente fará sucesso. Mas eu, particularmente, gostaria de ter um vinil desta gravação”, disse Carlinhos.
Outros artistas evangélicos, por meio de vídeos, apoiaram a gravação do Rebanhão. Nomes como Kleber Lucas, Cassiane, Paulo César Baruk, Asaph Borba e o vocalista do Grupo Logos, Pr. Paulo Cezar, gravaram depoimentos e fizeram convites ao público para que compareçam ao show.
Fonte: Gospel Prime