quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

POR QUE GRITAMOS?

Quando passamos em uma igreja pentecostal reunida em algum culto e não ouvimos aquela pregação eloquente, inflamada e gritante, logo estranhamos, pois nascemos e fomos criados com essa tradição, digamos assim, já que a cantora Cecília de Sousa popularizou essa idéia, lá pelos anos 80 com a canção "o povo barulhento". Porém a "arte de gritar" tornou-se um caso muito sério, haja vista ser o fator gerador de jargões como: "pentecostal que não faz barulho tá com defeito de fabricação" ou "Perturbai os moradores da Terra", sendo este último uma interpretação descontextualizada do texto bíblico.
Constitui-se um problema preocupante, porque há irmãos que, ao pegar o microfone, já começam o seu sermão com a intensidade da voz, até mesmo, além da quantidade de decibéis adequada ao ouvido humano. Outros quando começam a orar, até quem passa na rua ouve. Será, então, que o Santo Espírito é Deus de barulho? Ou precisamos gritar para chamar a atenção de Deus?
Analizando esse fenômeno podemos concluir que não é preciso gritar para ser ouvido, tanto na pregação como na oração. Gritos, então, são apenas reflexos da emoção humana que mistura-se com a alegria do Espírito. Dessa forma, num ajuntamento de crentes buscando a face do Senhor, onde Ele se manifesta, é comum haver ocorrências de gritos, no entanto, como afirmou o pastor Geremias do Couto, avivamento pode produzir barulho, mas nem todo barulho é sinal de avivamento.
Segundo a homilética, um sermão para ser bem desenvolvido não precisa ser orado a gritos, pois afeta a voz do pregador, o ouvido dos irmãos e a compreensão da mensagem, só que na minha igreja quase todos os pregadores gritam intensamente, quando pregam. Isto nem sempre é necessário e, às vezes, é irritante. Falar alto, tudo bem. Gritar, só em alguns casos, entretanto, se o irmão não gritar a igreja não glorifica e se o orador não gritar, também não está sendo usado por Deus. Já gritou, é o homem da unção!
Portanto, irmãos, gritar no Espírito, sim. Converter essa prática em regra é um grave erro!

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