sexta-feira, 9 de março de 2012

CONSIDERAÇÕES SOBRE OS ERROS DOS HINOS DA HARPA CRISTÃ.

Com mais de 90 anos de existência, a Harpa Cristã sempre assumiu grande importância litúrgica na história das Assembleias de Deus no Brasil e tem sido elogiada como um hinário exemplar para qualquer compositor, mas, claro, ela não tem o mesmo peso das Escrituras, e também contém alguns poucos erro. Hoje farei algumas considerações sobre alguns desses erros contidos neste hinário e as diferenças dos erros que prevalecem sobre as atuais composições evangélicas.
Para início de conversa, o que teria levado esses compositores da Harpa a cometerem os erros teológicos nela encontrados? Tomando como exemplo os hinos 05, 358, 249, 239, e 470, os quais falam de Batismo com o Espírito Santo, suponho que no início da AD no Brasil havia (e ainda há) um entendimento equivocado sobre " selo do Espirito" e o "batismo no Espírito". Para os primeiros assembleianos estas duas expressões eram uma coisa só. E, na verdade, não é (cf.Ef 1.13)! Uma outra explicação para esses erros é o exagero da licença poética, como se vê nos hinos Saudosa Lembrança (02) e O Exilado (36), em que os autores afirmam estar com saudades do céu e de Jesus. Ora, não se sente saudades de onde nunca fomos e sentir saudades de Jesus é como se não tivéssemos contato com ele todos os dias e sentirmos a sua presença constante, sendo Ele o fiel amigo (08). Também devemos considerar que todos esses irmãos eram seres humanos, homens de Deus, mas sujeitos ao erro e a denominação ainda estava em seus primórdios, em que poucos ou ninguém tinha formação teológica. A história do anônimo "homem de Deus" e o "profeta velho" que morava em Betel nos mostra que o fato de ele  se equivocar com a voz do profeta velho não implica dizer que ele deixou de ser um "homem de Deus".
Por mesma dificuldade Almeida Sobrinho errou ao dizer que no Pentecostes "um vento assoprou"(24); Paulo Macalão falou de "arcanjos" no plural (252); traduziram o hino de Maxwel Wright por "se pelas águas tiver de passar"(58)!
São vários erros de segunda classe, ou seja, não distorcem nenhuma das doutrinas principais das Escrituras e nela não se encontra humanismo, auto-ajuda ou confissão positiva e, portanto, não podem serem usados como
justificativa para alguém continuar compondo heresias. Ela vai continuar sendo um hinário inspirado por Deus!

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