A Assembleia de Deus sempre foi reconhecida pela rigidez dos usos e costumes peculiares, tais como a proibição de calças femininas, uso de jóias e maquiagens, jogar futebol e assistir TV. Esses costumes, no entanto, ao longo do tempo, foram modificados, de modo que visivelmente não se diferencia um crente assembleiano de outro crente de denominação diferente. Muita coisa mudou. Quando a Assembleia de Deus chegou ao Brasil ninguém sonhava com o surgimento do rádio, que só viria a aparecer 9 anos depois, com a criação da Rádio Sociedade, do Rio de Janeiro. Quando a "caixa falante" chegou, os primeiros líderes assembleianos proibiram os crentes de tê-lo em casa, para evitar que estes ouvissem músicas e programações seculares e, por fim, se afastassem da igreja. O crente que fosse encontrado ouvindo um aparelho de rádio em casa era severamente disciplinado (Isael de Araújo, Dicionário do Movimento Pentecostal,CPAD). Porém, com o passar do tempo os pioneiros resolveram mudar o que, na época, era considerado "doutrina". Na Convenção Geral das Assembleias de Deus, realizada em 1937, em São Paulo, foi tratada a licitude do crente poder ter um aparelho de rádio em casa. Sob a nobre influência do missionário Albert Wedmer, finalmente, acordaram que o rádio deveria ser usado "pela igreja" como veículo de evangelização e quanto ao crente tê-lo em casa, continuou sendo proibido, mas agora com um novo motivo: evitar que os crentes deixassem de ir à igreja ao ouvir os cultos realizados nos stúdios das rádios. Mas a igreja voltou a rever seus conceitos e algum tempo depois liberaram o uso do rádio para todo crente. Essa proibição foi uma justa preocupação com os crentes ou um exagero por parte dos nossos honrosos pioneiros? Um pouco de cada! Hoje a igreja evangélica brasileira possui cerca 30% das emissoras de rádios do Brasil. Se proibir ouvir rádio estava correto, então não percam tempo ouvindo tanta poluição sonora nas rádios de hoje. Tem muito lixo radiofônico sendo consumido hoje!
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