domingo, 13 de novembro de 2016

MÚSICA DO PASSADO E MÚSICA DE HOJE. O QUE MUDOU?

A análise de letras da música evangélica nunca foi tão necessária como se faz agora, tendo em vista os diversos erros doutrinários encontrados o que levou o Reverendo Augustus Nicodemus a fazer uma declaração ousada no ano passado: “Nunca cantamos e tocamos tanto e nunca fomos tão analfabetos em relação às Escrituras”.
Quem se atreve a fazer a análise de letras pode ser facilmente mal compreendido por que aqueles que têm uma interpretação totalmente equivocada da expressão “não julgueis” afirmada por Jesus (Mt 7.1), mas ao longo deste estudo veremos que julgar (analisar) a letra de uma música é necessária (e por que não dizer urgente?).
O CONTEÚDO DA MÚSICA CRISTÃ NO SÉCULO PASSADO
Falar de música cristã nos aos 70, 80 e 90 é simplesmente abençoador, considerando as dificuldades que os primeiros artistas tiveram para gravarem os seus primeiros discos (Feliciano Amaral, Luiz de Carvalho, Jair Pires) e até mesmo a dificuldade na aceitação da própria igreja em relação às músicas que abordavam temas diferentes do tradicional, como é o caso do cantor Luiz Arthur com a música “Drogas Matam”, Álvaro Tito com suas músicas mais agitadas e os primeiros conjuntos de rock cristão que lutaram incansavelmente para serem aceitos, como o caso do Grupo Rebanhão, Catedral, Sinal de Alerta, e etc. Todos estes artistas conseguiam traduzir em suas canções as dezenas de doutrinas bíblicas e ensinamentos que fundamentavam a sua fé, que conferiam às suas músicas características especiais, as quais desejo elencar abaixo:
1.    Evangelismo – Ex:“Portas Abertas” (Grupo Logos), “Pra Você” (Novo Som), “Juízo Final” (Eliézer Rosa), “O Valor de Uma Alma” (Mara Lima).

2.    Teocentrismo/Cristocentrismo – Ex: “Jesus” (Mattos Nascimento), “Deus” (Ozéias de Paula), “Nazareno” (J.Neto), “Cicatrizes” (Jorge Araújo).

3.    Devoção – Ex: “Santuário” (Izaias Mendes), Catedral (Espírito Santo), “Presença” (Nova Dimensão), “Santo Espírito” (Marcos Antônio).

4.    Consolo Espiritual – “Não Há Barreiras” (Álvaro Tito), “Lágrimas” (Wagner Roberto), “Creia” (Ozéias de Paula).

5.    Temas Universais – Ex: “Brasil” (Complexo J), “Por Amor” (Kim), “Drogas Matam” (Luiz Arthur), “Carros de Boi” (Os Peregrinos), “Liberdade” (Dalvinha).

Normalmente, somos levados a crer que as músicas do passado são quase perfeitas, mas historicamente nem sempre é isso que se constata, pois canções como “Nova Aliança” de Wagner Roberto, “O Mover do Espírito” de Armando Filho, “Vou Seguir” de Cassiane ou até o cantor sacro Ozéias de Paula na música “Eu e Jesus” não estão livres de desvios teológicos. Mas um fato é certo: havia mais músicas teologicamente alinhadas.
O CONTEÚDO DA MÚSICA CRISTÃ ATUAL
Torna-se necessário descrevermos de maneira sistemática os principais temas abordados na música cristã atual, sabendo que esses temas giram em torno da Teologia da Prosperidade, ou seja, derivam dela e estão intimamente ligadas, conforme veremos a seguir:
1)    Triunfalismo - A palavra “triunfalismo” advém de “triunfo”, palavra de origem latina, “triumphus”, que era o nome que recebia “a entrada solene em Roma de um general vitorioso”, e que, por extensão, passou a significar “vitória” (Fonte: wikipedia). Por conseguinte essa nova doutrina sugere que o crente não deve aceitar a derrota em sua vida, de modo que essas canções retratam um fiel que nunca perde batalhas e que “nasceu para vencer”.
2)    Individualismo - No contexto deste estudo o Individualismo desconsidera toda a coletividade que remete à igreja e defende o suposto protagonismo do “crente de vitória”, algo que nada tem a ver com a igreja primitiva.
3)     Vingança – Não é tão antiga a essa ideia de vingança na música gospel. Trata-se de um fenômeno recente em que o eu lírico não apenas pede a Deus a sua vitória, mas também vingança ou revanche aos seus inimigos.
4)    Confissão Positiva – O surgimento dessa nova teologia remete à primeira metade do século passado nos Estados Unidos com Willian Kenyon. A característica básica da Confissão Positiva é o suposto poder espiritual que há em nossas palavras (ver Tg 3.10).

O critério exigido para uma música evangélica fazer sucesso atualmente é a abordagem dessas 4 temáticas acima, que, conforme vimos, não confrontam o pecado e nem produzem arrependimento salvífico ao não evangélico que ouve. Como boa parte dessas músicas tratam apenas esses temas, já quase não há novidades no conteúdo de novas músicas lançadas. Isso traz a falsa ideia de que a teologia protestante é muito pobre já que não aborda outros temas além desses supracitados. Acerca disso o cantor Paulo Cezar, do Grupo Logos, comentou em entrevista recente a repetição de muitos jargões, palavras de ordem e mensagens de prosperidade”. A mesma ideia é compartilhada pelo cantor João Alexandre em sua polêmica música “É Proibido Pensar” ao afirmar que “são sempre variações do mesmo tema; meras repetições” (Ver o post Evangélicos que Não Pensam).

sábado, 5 de novembro de 2016

REBANHÃO GRAVA DVD HOJE NO RIO DE JANEIRO

Rebanhão grava DVD hoje no Rio de Janeiro
Carlinhos Félix, Paulo Marotta e Pedro Braconnot
Os músicos Pedro Braconnot, Carlinhos Felix, Paulo Marotta, Pablo Chies e Bruno Martins sobem ao palco da ADVEC hoje para gravar o disco de retorno do Rebanhão. Projeto anunciado desde o ano de 2014, envolve repertório de uma das mais relevantes obras musicais evangélicas da história.
O evento ocorrerá na Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) e tem início às 18h. Anteriormente ao show, os membros do grupo estiveram na Rádio Melodia. Durante a programação, os músicos tocaram canções como “Fronteiras”, “Jesus é Amor (Jesus is Love)” e “Muro de Pedra”.
“A escolha das musicas para o DVD 35 é uma resposta as preferências do nosso público. Pesquisamos nas mídias sociais as mais pedidas, as mais buscadas, e elaboramos o repertório. É claro que não vai caber a lista inteira, e ficamos com as “18 mais” para este DVD”, disse Paulo Marotta, em entrevista ao Gospel Prime.
O baixista complementa com os planos de turnê. “Quando iniciarmos a turnê, teremos mais liberdade de incluir tantas outras que o nosso público gosta, e trazer as novas composições também. Este trabalho é uma coletânea desde Mais Doce que o Mel até Enquanto é Dia”.
No show, serão tocadas dezoito músicas. Dentre elas, dezessete estarão no projeto. Apenas “Novo Dia”, anunciada por Carlinhos Felix, estará de fora do lançamento que incluirá os formatos CD e DVD e, talvez, uma edição limitada em vinil. “É um sonho como muitos outros que temos sonhado. Vamos fazer uma pesquisa, para saber se realmente fará sucesso. Mas eu, particularmente, gostaria de ter um vinil desta gravação”, disse Carlinhos.
Outros artistas evangélicos, por meio de vídeos, apoiaram a gravação do Rebanhão. Nomes como Kleber Lucas, Cassiane, Paulo César Baruk, Asaph Borba e o vocalista do Grupo Logos, Pr. Paulo Cezar, gravaram depoimentos e fizeram convites ao público para que compareçam ao show.
Fonte: Gospel Prime

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

DAMARES NÃO APRENDE MESMO!


Conforme já disse o poeta João Alexandre, a música cristã no Brasil não passa de mera repetição e isso se aplica quase exclusivamente à artistas ligados ao meio pentecostal (ao qual pertenço) que mesmo sofrendo duras críticas não conseguem alinhar suas composições às principais doutrinas cristãs.
Damares já apanhou muito por causa de “Sabor de Mel”, contudo parece que ela não aprende mesmo, pois depois de “Sabor de Mel” vieram outros sucessos com o mesmo teor triunfalista e há pouco mais de duas semanas ela lançou o primeiro single intitulado “Ressuscita” de Moisés Cleyton (aquele que faz dueto com Giselli Cristina) que faz parte do próximo álbum da cantora. Inicialmente, antes de verificar a letra, pensei que se tratava da maravilhosa doutrina da Ressurreição dos Santos, no entanto, a composição não passa de mera cópia de “Ressuscita-me” de Anderson Freire, interpretada por Aline Barros. O cara (Moisés) não foi criativo nem no título da música e apenas nos mostra que existem algumas temáticas, clichês e frases de efeito que, quando estão na moda, se fazem presentes nos grandes hits evangélicos, como a temática dos “sonhos”, da “geração apaixonada”, das “chuvas de poder, de avivamento, de cura” ou os famosos “como Zaqueu”, “como José”, “como Davi” e por aí vai.
O single, por ser uma cópia mal feita de “Ressuscita-me”, claro, aborda o caso da ressurreição de Lázaro e aí está o texto completo da composição:
O vento forte tem soprado
O medo quer te sufocar
A noite escura te apavora
O sol pra ti não quer brilhar
Não vejo mais o seu sorriso
Parece que o sonho acabou
Estão na cova seus projetos
A esperança terminou
Mas lá vem Ele na estrada
Em sua casa vai chegar
Vem pra ressuscitar os seus sonhos
A pedra não vai segurar
Ele te chama pelo nome
Vem para fora, amigo meu
A história não termina assim
Tu és Meu filho, Eu sou Teu Deus
Ressuscita, ressuscita
A esperança que morreu
Ressuscita, ressuscita
Eu sou Jesus, Filho de Deus
Amigo seu













Difícil é saber para quem ela está cantando. Claro, para Jesus não é! Mas me refiro à quem ouve. Na casa de quem Jesus vai chegar, ressuscitar os sonhos, remover a pedra e chamar pelo nome? Seria na casa de todas as pessoas que ouvirem a música? Se assim o for, então os evangélicos estão bem e voltarão a sonhar à vontade! E se não for assim? Aí vale o que já disse o cantor Marcos Aurélio em crítica: a lei da probabilidade. Mas infelizmente, como o próprio Marco Aurélio já disse, não funciona assim as coisas com Deus.
Mas eu encontrei um “enigma” na música! O compositor disse que Deus vai ressuscitar os sonhos, mas ele não diz que esses sonhos serão realizados. Ora, se Deus ressuscitar os sonhos e não os realizar, logo estará brincando com a fé dos sonhadores e seria melhor deixá-los mortos. De outra forma, como é que o compositor sabe que Deus vai ressuscitar os sonhos de todos que ouvirem a música? É muita besteira...





sábado, 22 de outubro de 2016

A SUPERSTIÇÃO RELIGIOSA

Às vésperas da comemoração dos 499 anos da Reforma Protestante (31 de outubro de 1517) boa parte dos evangélicos ainda se vê cercada de incontáveis crendices que a coloca, nesse sentido, na mesma posição dos católicos! O esforço heroico de Lutero está sendo invalidado dia a após dia não apenas pela falta de consideração que boa parte das igrejas tem pela Reforma, mas também pela volta de crenças populares que são transformadas paulatinamente em doutrina que, inclusive podem definir a até perda da salvação de membros de determinadas igrejas, quando esta se dá exclusivamente pela graça (Ef 2.8,9). Diante disso, é oportuno diferenciarmos o que é uma doutrina bíblica e o que é uma mera superstição.
O QUE É SUPERSTIÇÃO

Na Bíblia essa palavra aparece pela primeira e única vez em Atos dos Apóstolos 25.19 e 17.22. O termo procede de duas pa­lavras gregas cujo sentido é "temor aos demônios, aos espíritos malignos ou as divindades pagãs". Portanto, o vo­cábulo superstição designa um sen­timento religioso fundamentado na ig­norância, no medo de coisas sobrena­turais e na confiança em coisas inefi­cazes. Trata-se, por conseguinte, de uma crendice popular baseada em crenças infundadas, ou melhor, fundamentadas na experiência dos antepassados. O dicionário Houaiss da Língua Portuguesa define o termo como “crença ou noção sem base na razão ou no conhecimento, que leva a criar falsas obrigações, a temer coisas inócuas, a depositar confiança em coisas absurdas.”.

E em que devemos fundamentar as nossas crenças? Aquilo que acreditamos ser a verdade deve estar fundamentado em dois grandes pilares, pelo menos: na Ciência e na Fé Bíblica. Desse modo, podemos classificar a superstição em quatro grupos: a Superstição Popular, Superstição Religiosa, Superstições Previsíveis e Simpatias Curativas.
Superstição Popular – É aquela surgida pela tradição dos antepassados com relação a fatos que não tem ligação nenhuma com o mundo espiritual e diz respeito a coisas do dia a dia que podem trazer prejuízos ou benefícios para quem nela crê. Vejamos alguns exemplos abaixo:

1.     “Se não quiser casar peça para alguém varrer seu pé.”
2.     “Espetar um alfinete na roupa do marido garante a felicidade”.
3.     "Apontar estrelas cria verrugas nos dedos.”
4.     “Cortar goiaba com faca fazer surgir bichos nas outras goiabas.”

O teólogo Jeferson Magno Costa ainda destaca as superstições ligadas a avisos, ou seja, as Superstições Previsíveis e nesta categoria estão:
1.     Pica-pau cantando no quintal é sinal de mulher grávida.
2.     “Mulher grávida que põe chave no peito, o filho terá o lábio rachado”.
3.     “Urubu cantando é sinal de que alguém morreu”.
4.     “Palma da mão coçando é sinal de dinheiro chegando.” 

 Simpatias Curativas – Segundo Jeferson Magno, são as superstições usadas para fins medicinais e “revela atitudes perigosas, imundas e ridículas”, conforme veremos a seguir:
1.     “Passar osso de boi em verruga faz a ela cair”.
2.     “Urina de bebê do sexo masculino cura a conjuntivite”.
3.     “Cebola partida debaixo da cama faz a febre passar”.
4.     “Sangue de galinha preta faz a dor de dente passar”.

Superstição Religiosa – É aquela que surge a partir de alguma influência religiosa, seja pagã ou supostamente cristã. Os que creem pensam que ela exerce influência direta na sua vida espiritual. É importante salientar que expressão Superstição Religiosa é muito ampla e abrange todas as crendices presentes em todas as religiões, por isso iremos classificá-la em Superstição Pagã e Superstição Cristã.
a)     Superstição Pagã – Queremos dizer que esse tipo de superstição está presente em todas as religiões não cristãs e tem a sua origem a partir da influência de entidades ou experiências espirituais. A seguir, alguns exemplos de superstições típicas de religiões pagãs:

1.     Usar roupa branca no réveillon para dar sorte no ano novo.
2.     Passar debaixo da escada dá azar.
3.     O movimento dos astros tem influência em nossa vida.
4.     O número 13 traz "mau agouro".

b)    Superstição Cristã - A Superstição Cristã pode ser tanto católica quanto evangélica e neste primeiro momento iremos tratar exclusivamente sobre as superstições entre os católicos, mas antes de tudo é importante relembrar que a Reforma Protestante foi fortemente motivada pelas crendices que surgiram sob influência do paganismo ou mesmo de uma interpretação equivocada das Escrituras ou ainda um misto de influência pagã com falsa interpretação do texto bíblico. Dessa forma, ainda encontramos diversas crenças infundadas entre os católicos, conforme se vê a seguir:

1.     Fazer o sinal da santa cruz (benzer) protege do mal.
2.     Uso do terço para afastar os espíritos.
3.     Trabalhar em dia santo traz azar.
4.     O uso da água benta para exorcizar.

Entre os evangélicos tudo indica que a superstição acontece com frequência maior. Sim! Talvez sejamos o povo mais supersticioso que existe. Somos o único povo que tem o único livro sagrado inerrante, infalível e que é a Palavra de Deus, mas, apesar disso, é entre nós que surgem os maiores absurdos dentro do Cristianismo no que concerne às crenças infundadas, cuja gênese está em influências pagãs, católicas, interpretação equivocada das Escrituras (ou mesmo a falta dela), e ainda nas supostas revelações que podem ser tomadas com igual peso das Escrituras e acabam se tornando doutrina que pode “definir” a salvação e, por fim, a experiência. No entanto, é necessário afirmar que as superstições surgem e encontram maior apoio nas denominações pentecostais (em menor frequência) e neopentecostais, onde o estudo sistemático das Escrituras e sua correta interpretação podem ser negligenciados.
Iremos analisar as principais superstições no meio evangélico e como elas podem ter surgidas:
Superstições por interpretação equivocada da Bíblia
1.     “A palavra tem poder” (Tg 3)
2.     “O óleo da unção tem poder” (Tg 5.14)
3.     “Oração de joelhos é a mais poderosa forma de oração”. (Mt  6.5)
4.     “Entregar o dízimo traz prosperidade”. (Ml 3.10) Ver Ef 1.3

Superstição sob influência católica ou pagã
1.     “Deixar a Bíblia aberta no salmo 91 para espantar os espíritos”.
2.     “ Galho de arruda representa purificação espiritual”.
3.     “Sal Grosso para descarregar energias ruins”.
4.     “Oração no monte tem mais poder que em outro lugar”.

Superstição a partir de “revelações” ou experiência
1.     “Não subirá no arrebatamento quem dormir sem roupa”.
2.     “Mulher menstruada não pode participar da Santa Ceia”
3.     “Orar de madrugada é mais eficaz que em outro horário”
4.     “A oração do pastor é mais poderosa que a do crente comum”



Um dos lemas de Reforma era “igreja reformada sempre se reformando”, mas o que podemos ver hoje são igrejas reformando antigas práticas supersticiosas, dando-lhes agora uma nova roupagem sob a alegação de um suposto embasamento bíblico. Enfim, a adesão de alguns setores do protestantismo ao sincretismo religioso tem gerado crentes defeituosos, interesseiros, que desconhecem a Bíblia e acreditam na palavra de seus líderes como se fosse a própria Palavra de Deus. Não é difícil dizer que algumas dessas crendices podem acarretar a perda da salvação, pois não tem embasamento bíblico, mas são consideradas como se fossem tivessem. Se a igreja não voltar às Escrituras (e aqui está o significado do lema da Reforma acima citado), tão certo voltará à época da Idade Média e Bíblia, em vez de ser a Palavra de Deus, será considerada um amuleto de  boa sorte!

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

“A música evangélica involuiu”, afirma Marcos Góes

O cantor e compositor Marcos Góes, em entrevista ao programa de rádio Onde os Fracos Têm Vez, transmitido pela rádio Sara Brasil FM em Florianópolis, fez afirmações pessimistas acerca do estado da atual música cristã contemporânea produzida no Brasil.
Góes defendeu a tese de que ocorre, atualmente, uma involução. “Eu não acho que a música evangélica evoluiu, e sim involuiu. Músicas com poucas notas, letras repetitivas… Não vejo preocupação com o conteúdo, tanto instrumental como poético. Isso causa um pouco de tristeza, porque a gente deveria evoluir, fazendo algo mais caprichado”.
O cantor ainda traçou um paralelo das músicas de hoje com canções de uma época que, segundo ele, “os cantores e compositores tinham comprometimento com Deus de uma maneira muito íntima, fiel e extraordinária”. Referindo-se às décadas de 1970 e 1980, Góes que o comprometimento de parte dos artistas está diretamente relacionado ao mercado fonográfico.
Trechos da entrevista, divulgada pelo portal Efrata Music, do compositor Elvis Tavares, revelam uma forte crítica de Góes a uma visão, segundo ele, comercial por trás das faixas. O músico defende que “há um apelo comercial até na confecção da parte poética das canções. Isso é muito ruim”, lamentou.
Não é a primeira vez em que Marcos tece críticas à música cristã contemporânea atual. Há cerca de três anos, o artista publicou um artigo de opinião acerca de sua visão do meio musical evangélico, baseada em sua história de vida. O texto, chamado Vende-se um Cantor Gospel, foi publicado em suas redes sociais.
No texto, o músico relembrou sua história durante a década de 1980 com Janires, cuja relação se deu ainda nos tempos em que o capixaba era vocalista e líder da banda Rebanhão. Segundo Marcos, o desprendimento dos valores materiais que Janires mostrava que seu comprometimento, antes de tudo, era com Deus. “O combustível e a motivação era o amor”.
Fonte: Gospel Prime

domingo, 25 de setembro de 2016

FÉ E POLÍTICA

Nunca se falou tanto em política no Brasil como se tem falado nos últimos dois anos! O início e avanço da Operação Lava - Jato e a culminância do processo impeachment despertou nos brasileiros um real interesse pelo assunto, e, de forma semelhante, parte da igreja tem se manifestado, em oposição a qualquer forma de corrupção e, de igual ou maior importância, ideologias completamente contrárias à fé histórica professada pelos cristãos. Mas, apesar de toda a euforia dos últimos meses, muitos de nós ainda não sabemos definir o que é política e qual o posicionamento da igreja de Cristo em relação ao assunto.
O QUE É POLÍTICA
É muito comum associarmos política com campanha eleitoral e eleições, no entanto, a realidade é que política pode ser definida como “arte e ciência de bem governar, de cuidar dos negócios públicos” (Mini Aurélio Século XXI). Na prática, o povo paga impostos e esse dinheiro deve ser aplicado para o bem de todos, como, por exemplo, para a construção de escolas, creches, universidades, hospitais, estradas e casas; ou para contratar policiais para manter a segurança pública, professores para ensinar as crianças e os jovens, e médicos para cuidar da nossa saúde. Ou seja, o dinheiro público (imposto) precisa ser administrado por alguém e de alguma forma. Assim, a administração é a mais antiga forma de política, pois começa a ser realizada em casa, quando os nossos pais aplicam todos os recursos financeiros para a manutenção da família.
OS CRISTÃOS E A POLÍTICA
Frequentemente os cristãos têm mantido um posicionamento de desprezo, demonização e resistência em relação à política. Segundo Pr. Geremias do Couto, “entre outros motivos para a resistência está o fato de o evangelho ter sido plantado no Brasil através de missionários estrangeiros, que (...) eram orientados em outros aspectos, principalmente no que respeita a obediência às autoridades, sem nenhuma ênfase à participação na vida do país. Havia até certo ponto uma espécie de alienação, embora houvesse alguma militância de setores mais engajados”. O aludido pastor afirma ainda que “a ênfase na volta de Cristo (...) tornava-se uma forma de fuga, de escapismo, que levava os cristãos à passividade e a eximir-se de responsabilidades ditas seculares, esquecendo-se do que disse Jesus em sua oração sacerdotal: ‘Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal’”. Outro grande motivo é a desvalorização da prática política pela corrupção, o que gera a ideia de que todo o político é corrupto. Assim, muitos pensam que evangélicos não devem se envolver na política.

PORQUE OS CRISTÃOS DEVEM PARTICIPAR DA POLÍTICA
Conforme já vimos, a igreja “está no mundo”, isto é, inserida em uma sociedade, logo deve participar ativamente da vida social e a política é uma prática social da qual a igreja jamais deve abrir mão, tendo em vista     que uma das nossas missões é influenciar a sociedade e isto jamais será feito se nos afastarmos de nossa cidadania terrestre. Tendo isso em vista, os cristãos devem participar da política pelos seguintes motivos:

a)    Estamos no mundo e somos cidadãos;
b)    Temos uma fé a defender;
c)     Ideologias anticristãs podem ser aprovadas sem a nossa participação;
d)   É um direito nosso.

COMO DEVE SER A NOSSA PARTICIPAÇÃO
Participar da política não significa apenas disputar um cargo politico e nem significa que precisamos acompanhar as carreatas, passeatas, comícios ou defender um candidato até morte como se ele fosse a solução para todos os problemas da sociedade. A nossa participação como cristãos deve ser principalmente exercer a nossa cidadania por meio do voto em quem tem honestidade comprovada e mais se aproxima dos ideais cristãos. Isso não quer dizer que cristão só deve votar em cristão. Há evangélicos que não merecem o voto dos evangélicos!
Outra forma de participação na política é o nosso envolvimento com as manifestações e protestos de forma decente e respeitosa. Sim, não devemos pensar que as manifestações são incompatíveis com o nosso testemunho cristão. Isso não contraria Rm 13.1-8 e, além disso, o apóstolo Pedro já nos escreveu: “antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5.29). Quando as ideias do governo se opõem ao pensamento cristão é nosso dever nos manifestarmos pacificamente.
A NOSSA FÉ DEFINE O NOSSO VOTO
Parece por demais estranho associarcom política, pois a fé é algo sagrado, santo e a política está permeada por corrupção e mentira, mas isso não justifica a nossa omissão na política. Quando dizemos que a nossa fé define o nosso voto, queremos dizer que cristãos votam baseados em princípios cristãos. Isso precisa ser dito, considerando as ideologias que defendem o candidato e não damos importância aos partidos nos quais ele está afiliado. Precisamos atentar para os princípios morais do candidato, mas também precisamos considerar o seu partido, pois alguns partidos têm como bandeira principal a perseguição e desconstrução do pensamento cristão e aí surge o termo cristofobia – aversão e perseguição aos cristãos.
OS PARTIDOS DE ESQUERDA E O PERIGO DO SOCIALISMO/COMUNISMO
. O Socialismo é uma doutrina política e econômica que se caracteriza pela ideia de transformação da sociedade através da distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, diminuindo a distância entre ricos e pobre. Esse é um conceito muito bonito, mas a verdade é que o Socialismo é, ao lado do Islamismo, a maior ameaça ao Cristianismo, pois a sua influência na cultura e moralidade tem gerado efeitos desastrosos e um perigo à igreja. O Socialismo é influenciado diretamente pelas ideias de Karl Marx (o marxismo) que não tem influência apenas na economia, mas nas questões morais. Todo partido socialista/comunista é influenciado pelas ideias de Marx. É do Socialismo que brotam ideologias que visam calar a voz dos cristãos. Frequentemente se ouve falar em políticos de direita e esquerda e é importante dizer que todo político socialista/comunista é um esquerdista.
Vejamos quais as ideologias dos partidos de esquerda:
a)      Interferência do governo em todos                      os setores da vida social

b)      Liberação da maconha
c)        Legalização do aborto
Demonização da PM
Legalização da eutanásia
Desarmamento da população
Legalização da prostituição
Extinção da religião
Feminismo
Apoio à causa LGBT
Instituição da ditadura socialista


QUAIS OS PARTIDOS SOCIALISTAS?
São muitos os partidos socialistas ou de esquerda no Brasil e é preciso os cristãos saberem quem são esses partidos para que o nosso voto seja realmente definido pelos nossos princípios morais. Veja quais são:

PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (16)
PCO – Partido da Causa Operária (29)
PCB – Partido Comunista Brasileiro (21)
PPS – Partido Popular Socialista (23)
Rede Sustentabilidade (18)
PV – Partido Verde (43)
PDT – Partido Democrático Trabalhista (12)
PSOL – Partido Socialismo e Liberdade (50)
PCdoB – Partido Comunista do Brasil (65)
PSB – Partido Socialista do Brasil (40)

PT – Partido dos Trabalhadores (13)